Após tentar intimidar militantes da esquerda, Somos Democracia irá fazer Showmissa contra Bolsonaro
Por João Pimenta, no DCO:
Parece deboche, mas é sério, o movimento Somos Democracia, que se diz o mesmo movimento que fez torcidas irem às ruas enfrentar fisicamente os fascistas está chamando um Showmissa, ou “culto ecumênico” como relata o Diário do Centro do Mundo.
O movimento é coordenado por Danilo Pássaro, cidadão que foi ameaçar militantes do PCO e desfila com a camiseta da CBF nas páginas da Folha, Estadão e até do democratissíssimo Globo, o Lula eles odeiam, o Passáro azul e amarelo eles amam, um dias saberemos por quê.
Sua filiação ao PSOL e integração ao grupo político de Guilherme Boulos inclusive demonstra um afeto particular pela Frente Ampla.
A convocatória de líderes religiosos do 5º escalão para discursar sobre como Bolsonaro não é um bom cristão, enquanto os bispos católicos e evangélicos, além de autoridades judias, todos fecham acordos com o governo, é uma declaração de que o movimento de Pássaro desistiu definitivamente de enfrentar qualquer tipo de fascismo. Lembrando que eles já adotaram como cores o Amarelo e Azul, da Folha, coincidentemente do governador João Doria e o PSDB.
Outra: O tal “culto ecumênico” é uma anti-manifestação. Para um militante, um ato é um momento de agrupar forças, reunir militantes, agir nas vias de fato se preciso for, e de forma crescente encurralar o governo. O pequeno-burguês, o frente-amplista e com aspirações eleitorais em particular, tem outra ideia. O ato é um show, um momento de fazer propaganda de si ou de seu grupo, não era isso que as torcidas queriam, não é isso que querem até agora. O culto não é uma forma de mobilização, é maneira de esvaziar os protestos e substituir o povo nas ruas por atividades cenográficas para conseguirlinhas na Folha amarela.
Precisamos dizer o que está entalado na garganta do movimento todo: é preciso retomar o movimento de enfrentamento. É preciso desfraldar as bandeiras vermelhas, de partido, dos trabalhadores, das suas centrais e tomar as ruas contra o fascismo. É preciso falar Fora Bolsonaro e dizer não ao engodo da Frente Ampla, nada de acordo com FHC, Temer, a imprensa golpistas ou outros inimigos do povo!
O PCO e outros setores já articulam manifestações alternativas, e reais, para os dois 5 e 12 em S. Paulo.
Fora Bolsonaro!
Frente Ampla é traição!
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