Por Kiko Nogueira, no DCM:
Descobriu-se, afinal, para que serve o general Hamilton Mourão: ser office boy de Edir Macedo.
O sujeito está em Angola para tentar baixar a fervura da tensão entre o governo local e a Universal. Como mandar o presidente era muita bandeira, enviam o vice.
“Essa questão com a Igreja Universal aqui afeta o governo e a sociedade brasileira pela penetração que essa igreja tem e pela participação política que ela possui, com o Partido Republicano. Ela não está só no plano espiritual, está também no plano político. Ela tem uma rede de televisão, que é a Rede Record, que funcionava aqui e agora está sem funcionar”, disse à Agência Lusa.
“Nós temos de buscar uma pacificação, apesar de ser uma questão privada, o governo brasileiro gostaria que se chegasse a um consenso entre essas duas partes e que o Estado angolano recebesse a delegação parlamentar brasileira, que quer vir aqui, para tentar chegar a um acordo que arrefeça as diferenças que ocorreram”.
Em 2020, a Justiça angolana fechou e confiscou sete templos, sob acusação de prática dos crimes de associação criminosa, fraude fiscal e exportação ilícita de capitais.
Quase 300 bispos angolanos se afastaram da liderança brasileira, denunciando desde sonegação até castração e racismo. Em abril, sete pastores receberam ordem de expulsão do país.
Edir é um aliado poderoso do governo e já ameaçou romper por conta do imbroglio. Cogitou-se o nome de Crivella, seu sobrinho, para embaixador da África do Sul para ver se dá um jeito na situação.
O risco é de virar moda no continente e outros país se livrarem dessa picaretagem.
O contribuinte brasileiro para Mourão para intervir a favor de uma multinacional religiosa. E lá foi Mourão, cheio de paixão, fazer o que sabe: lamber bota. Nesse caso, de bispo.
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