No DCO:
A grande imprensa, PIG, ‘porco’ em inglês; ou Partido da Imprensa Golpista, conforme o termo cunhado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim (1943-2019), é efetivamente um partido, age como tal, e não se incomoda de fazer o trabalho sujo. A burguesia tem inúmeros instrumentos para atacar a esquerda, e para isso a imprensa é uma peça fundamental.
Quando querem eleger um candidato, os grandes meios de comunicação criam, por exemplo, da noite para o dia um Caçador de Marajás encarnado na pessoa de um Fernando Collor de Mello, ele próprio marajá da oligarquia alagoana, repaginado e vendido como um ‘salvador da Pátria’. Por outro lado, quando querem derrubar, dar golpe, perseguem, martelam diariamente mentiras, manipulam dados econômicos para criar um clima político hostil. Do ex-presidente Lula, por exemplo, chegaram a dizer que este tinha tentado abusar sexualmente de um companheiro de cela no ano de 1980, quando esteve preso no DOPS, em São Paulo. A burguesia, por meio da imprensa, tenta controlar a esquerda de diversas maneiras: coopta personagens como Guilherme Boulos, para ser colunista em seus jornais. Dão visibilidade e prestígio para Jones Manuéis etc. Recentemente, como parte da campanha para as eleições presidenciais de 2022, agiu para gerar confusão e esvaziar as manifestações do Movimento Fora Bolsonaro com elementos infiltrados e centristas do Movimento. Procurou abertamente promover a Frente Ampla e com isso tentou inserir candidatos seus dentro dos atos da esquerda. Promoveu o ‘verde-amarelo’ em detrimento do vermelho nos atos de rua. Atuou em diversas frentes.
O vice de Lula
Vira e mexe, o PIG solta notícias falsas, fake news contra o PT, que é o maior partido da esquerda. De jantares secretos com Ciro Gomes a flertes com a bilionária Luiza Trajano, a última novidade seria um possível acordo para colocar Geraldo Alckmin como vice na chapa de Lula.
Essa manobra tem dupla função: tirar votos de Lula desagregando a militância de base que identifica, corretamente, a figura de Alckmin com o neoliberalismo, por um lado; e, por outro, faz com que setores direitistas do PT pressionem Lula para que considere a hipótese e assim tentam empurrá-lo mais para direita.
Alckmin é o vice dos sonhos. Foi o candidato (trucidado) da burguesia nas últimas presidenciais. É golpista, cristão, pai de família, fala baixo, sorri sempre, tem nível superior e, o principal, faz tudo o que o grande capital pede, como é próprio de seu partido, o PSDB.
Geraldo Alckmin é odiado pela esquerda e pela população em geral, as urnas o demonstraram, ficou em quarto lugar na corrida presidencial com pífios 5% de votos em 2018. As manifestações de 2013 foram dirigidas contra ele até a direita manobrar, com auxílio da imprensa, e jogar a população contra o governo Dilma e preparar o golpe de Estado.
Isso que estamos vendo é como a direita age. Inventa matérias e as publica sem qualquer tipo de verificação, conspira, contra a vontade popular. Tenta a todo custo fazer valer os interesses do imperialismo
Nesses momentos se faz notar a importância gigantesca de uma imprensa de esquerda, classista e revolucionária. É ela que consegue esclarecer os fatos e desmascarar o jogo sujo que a burguesia promove para atingir seus objetivos. A imprensa revolucionária cumpre seu papel de vanguarda na preparação da militância, fortalecendo e dando coesão para os trabalhadores na luta contra seus inimigos de classe.
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