PCO e Comitês convocaram atos vermelhos e procuraram mobilizar em todo o País; “esquerdistas” da frente ampla fugiram da Paulista e encenaram ato religioso sem público
No DCO:
Ogoverno Bolsonaro segue em uma gigantesca crise diante da população. Sua política genocida diante da pandemia que se desenvolve no País com força total e as suas políticas de ataques aos direitos dos trabalhadores já o colocam como um dos presidentes mais rejeitados da história recente do país.
A necessidade da derrubada desse governo é tão grande que, mesmo em meio a uma pandemia, ativistas, trabalhadores e estudantes têm saído às ruas nos últimos meses para gritar “fora Bolsonaro” e procurar expulsar os bandos fascistas que vinham tomando os espaços públicos no período em que certas lideranças de esquerda vinham defendendo a política do “Fique em casa”.
Neste fim de semana, não foi diferente. O Partido da Causa Operária e os Comitês de Luta realizaram um ato pelo “fora Bolsonaro” na Avenida Paulista, com a presença também de alguns militantes do MST, do PT e outros movimentos.
O ato foi muito bem sucedido, mais de uma centena de companheiros se juntaram em frente ao MASP para pedir a derrubada do presidente ilegítimo e para expulsar sua horda de fascistas das ruas. Após os discursos das lideranças ali presentes, os manifestantes desfilaram pela Avenida com a Bateria Zumbi dos Palmares embalando palavras de ordem como “Fora Bolsonaro”, “chega de sistema opressor!” e “se pintar fascista a porrada vai comer!”.
O ato na Avenida Paulista demonstrou a combatividade do setor mais avançado da população, que está disposto a sair às ruas todas as semanas para pedir a derrubada de Bolsonaro do poder. Está claro para todos que não é possível esperar até 2022 e que Bolsonaro e os demais golpistas precisam ser postos para fora imediatamente.
No entanto, existe um outro lado desse movimento que vem se desmoralizando mais a cada dia que passa. Liderados por Guilherme Boulos e Danilo Pássaro, os setores mais direitistas da esquerda, que querem se aliar com a direita tradicional e levar adiante a política de frente ampla, fizeram tudo o que foi possível para desmobilizar a luta que vinha se desenvolvendo no último período. Chegaram ao ponto de ameaçar os militantes do PCO que levassem suas bandeiras vermelhas para o ato que eles queriam que fosse amarelo, da cor do golpe.
Neste último domingo, o movimento “Somos democracia”, um dos representantes da frente ampla, chamou um ato ecumênico na Praça da Sé, abrindo mão de fazer a manifestação na Avenida Paulista e transformando o que começou como um movimento pelo “fora Bolsonaro” em uma manifestação vazia de conteúdo e de sentido. Levaram uma quantidade irrisória de pessoas pra frente de uma igreja e fizeram discursos abstratos por valores como “democracia”, “direitos” e outras palavras que nada significam diante da situação atual, quando a questão central é a luta pela derrubada do governo genocida e de todos os golpistas.
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