Bolsonaro,o primeiro presidente em rejeição. Mais rejeitado até que Collor, o presidente cassado. Candidamente, Folha quer nos fazer crer que popularidade de Bolsonaro é estável
Jair Bolsonaro continua sendo o presidente mais mal avaliado da história, informa o jornal paulista Folha de S.Paulo, nesta sexta-feira, 26 de junho. No entanto, a popularidade do presidente continuaria estável, após uma semana desde a prisão do ex-assessor de sua família, Fabrício Queiroz, parece estranhar o jornal da imprensa burguesa.
Na mesma semana em que a imprensa de São Paulo informa que, “Bolsonaro fez de Maio o mês com mais mortes da história do Brasil”, o jornal quer fazer seus leitores crer, que o fato de o genocídio no Brasil em um único mês já ultrapassar em números oficiais as 50 mil mortes ocorridas nos seis anos de duração da Guerra do Paraguai, e os brasileiros nem aí com a explosiva mortandade de gente, em consequência da política de falta de enfrentamento da pandemia por Bolsonaro?
A seguir os próprios números da Folha, desmentem a suposta estabilidade. De todas as eleições, pós-ditadura militar, o presidente Bolsonaro consegue ser mais rejeitado até do que Collor, colocado para fora da presidência em 1992.
Bolsonaro é o campeoníssimo disparado em rejeição pelos brasileiros, com 44% de rejeição, contra 41% de rejeição de Collor afinal colocado para fora da presidência em processo de impeachment. Até por isso, amontoam-se cerca de 50, os pedidos de impeachment de Bolsonaro na mesa do presidente Rodrigo Maia, na Câmara dos deputados.
Planilha de Rejeição dos presidentes desde 1989, em seus primeiros mandatos
1º. Lugar em Rejeição Bolsonaro 44%
2º. Lugar em Rejeição Collor 41%
3º. Lugar em Rejeição Fernando Henrique 25%
4º. Lugar em Rejeição Lula 17%
Amenos rejeitada Dilma 5%
Todos os presidentes direitistas os mais rejeitados. Mas ninguém tão rejeitado, quanto Bolsonaro. A estabilidade na popularidade que a folha diz Bolsonaro ter, contrasta com a tensão política decorrente da prisão de Queiroz, amigo de Bolsonaro desde 1984 e ex-assessor de seu filho Flávio, hoje senador, enrolado até o pescoço nos inúmeros escândalos da rachadinha, milicianos, etc. “O caso tem grande potencial destrutivo”, alerta a folha, antevendo o incêndio que pode vir por aí, ou a fragilidade, da tal estabilidade na suposta popularidade, que Bolsonaro ainda estaria mantendo. Aponta mais adiante que a aprovação de Bolsonaro cai para 15% entre aqueles que acham que o presidente sabia onde Queiroz se escondia até ser preso no dia 18. Com esses parcos índices de aprovação, 15%, é ponto crítico na política para abertura de processos de impeachment que se amontoam aos borbotões, na Câmara dos Deputados.
Fiéis bolsonaristas caindo fora
A suposta estabilidade na popularidade de Bolsonaro, não bate com seus mais fiéis apoiadores, apontados na própria pesquisa. A desaprovação de Bolsonaro em índice de 53% entre a população rica. Virada em Santa Catarina, toda Bolsonarista e agora anti-Bolsonaro. Como explicar esse índice então?. Moradores da região Sul, antes reduto bolsonarista, estariam ainda aprovando o presidente em 42%, e o estado de Santa Catarina, um dos três estados da região sul, agora anti-bolsonaro. Como explicar a contradição.
Jovens os que mais rejeitam Bolsonaro, 54%, e o Nordeste, que se mantém como o local de maior rejeição a Bolsonaro (52% de ruim ou péssimo). O Nordeste é também a região que mais desconfia. 53% dos nordestinos nunca dão crédito a bolsonaro.
Os dados são um recorte distorcido da realidade, uma vez que Bolsonaro foi eleito, com apoio de toda a burguesia, por apenas 1/3 dos eleitores do Brasil. Desde então, sua popularidade só desmorona. A própria Folha, aponta que entre todos os presidentes desde 1989, de longe Bolsonaro é o mais rejeitado. Os dados são contraditórios com a rejeição de Bolsonaro em estados governados por bolsonaristas, como Rondônia e Santa Catarina, que, de bolsonaristas, passaram a rejeitar Bolsonaro.
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