No DCO:
O Brasil passou nesta sexta-feira (22), da marca oficial (e, portanto, falsificada e abaixo da realidade) de 215 mil mortos na pandemia, com médias de mais de mil mortos e 55 mil infectados por dia.
Isso meio a uma fraudulenta campanha de vacinação (sem vacina!), que atingiu pouco mais de 110 mil pessoas em uma semana (0,05% da população!).
Esta situação impulsiona o agravamento da crise econômica, fazendo com setores da burguesia golpista flertem novamente com o impeachment de Bolsonaro, como parte da continuação lógica da campanha aberta que vêm fazendo em favor do genocida “científico” João Doria, que levou o número oficial de mortos em S. Paulo a mais de 50 mil.
Assim, junto com o teatro da fracassada vacinação, iniciada com uma amostra da vacina cara e de menor eficácia do mundo, usada para promover o possível “Joe Biden” brasileiro, temos também a encenação do impeachment, com setores direitistas convocando “panelaços” como forma de evitar uma mobilização real, ao mesmo tempo em que pressionam Bolsonaro – que eles desejam manter, por hora – em função dos seus próprios interesses.
Por todos os lados, setores da esquerda expressam sua enorme confusão política e aprofundam sua capitulação diante da direita atuando em uma frente ampla com os golpistas que derrubaram Dilma Rousseff, prenderam Lula e fizeram o País retroceder como nunca. É a frente com os “donos do golpe” e com os “pais” de Bolsonaro, co-responsáveis junto com o presidente negacionista por mais de 300 mil mortes, pelo desemprego e desocupação da maioria da população economicamente ativa, pela fome que já atinge, em maior ou menor grau, mais de 100 milhões de pessoas em todo o País.
A pretexto da “unidade para combater o fascismo”, essa esquerda se junta aos maiores fascistas e inimigos do povo que aprovaram o congelamento dos gastos públicos por 20 anos, aprovaram as reformas trabalhista (que jogou na lata do lixo a CLT) e da Previdência (que acabou com as aposentadorias de milhões) etc.
Os trabalhadores e suas organizações de luta precisam desarmar a armadilha da frente ampla com a direita golpista.
É preciso abrir uma perspectiva própria dos explorados diante da situação, organizando a mobilização em defesa das reivindicações populares.
Contra a fome: auxílio emergencial já!, para todos os desempregados, no valor de – pelo menos – um salário mínimo; expropriação do latifúndio e do agronegócio; reforma agrária com expropriação do latifúndio para garantir terra para quem nela more e trabalhe e a produção de alimentos para toda a população brasileira.
Contra o desemprego: redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais – 7h por dia, 5 dias por semana – proibição das demissões; estatização sob o controle dos trabalhadores das indústrias fechadas (como a Ford); pagamento de seguro-desemprego igual ao dos salários da ativa; Redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários, formação de turnos com pessoal reduzido
Contra a pandemia: testagem em massa de toda a população; distribuição de equipamentos de proteção e desinfecção; aumento imediato das verbas para a Saúde; contratação imediata de todo o pessoal da saúde necessário para enfrentar a crise; reposição imediata das perdas salariais dos trabalhadores da Saúde (valorização no holerite e não em inúteis discursos); aumento do número de leitos nos hospitais públicos; expropriação de hotéis e outros prédios ociosos para instalação imediatas de hospitais; formação de conselhos populares de fiscalização do serviço de saúde; estatização de todo o sistema de saúde; quebra das patentes das vacinas e sua fabricação no Brasil (fim do lucro gigantesco dos laboratórios); estatização dos laboratórios; estatização da produção de equipamento de saúde; proibição da reabertura das escolas enquanto durar a pandemia e a população não estiver vacinada.
Para garantir essas e outras medidas emergenciais é preciso derrotar a política criminosa da burguesia golpista de impor um teto de gastos estatais com a população, ao mesmo tempo em que despejam rios de dinheiro nos cofres dos bancos e grandes monopólios.
Essas medidas não podem ser estabelecidas em comum acordo com nenhuma das alas da direita, mas por meio do enfrentamento com elas.
É preciso um programa e uma mobilização real para por colocar abaixo todo o regime golpista que sustenta, unificadamente, a politica de genocídio e ataques aos trabalhadores.
A defesa da restituição plena dos direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a anulação de todos os processos da criminosa operação Lava Jato, a luta por eleições gerais, para colocar para fora Bolsonaro, Doria e todos os golpistas e por Lula presidente são as palavras de ordem centrais para mobilizar uma alternativa própria dos trabalhadores diante da crise atual.
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