No DCO:
No último sábado (8), mais uma vez a juventude colombiana, junto com os trabalhadores, tomou as ruas contra o governo fascista de Ivan Duque, capacho do imperialismo dos EUA.
Desde o dia 28 de abril, o país vizinho é palco de uma gigantesca insurreição popular que está colocando o regime em cheque, e a presença da juventude é crucial pois sua mobilização é o que está superando as direções capituladores da esquerda e da burocracia sindical. Como é tradicional este setor oprimido da sociedade se mostra como vanguarda de todo o movimento de luta dos explorados.
A Colômbia é uma das piores ditaduras da América Latina, o governo é comandado pelos EUA e por milícias paramilitares há décadas, todos os dias lideranças populares são assassinadas, a situação de miséria do povo é terrível. A principal organização de esquerda por décadas foi as FARC que recentemente fez um acordo com a direita e se desarmou, as demais organizações também não se mostram nem um pouco aptas a lutar contra o regime brutal do país, o que pode ser visto na campanha presidencial ultrarreformista de 2018.
No ano de 2019 em que se iniciaram as grandes manifestações populares na América Latina no Chile, Equador e na Bolivia também houve grandes mobilizações na Colômbia contudo agora o país se tornou o principal palco da luta de classes nas ruas em todo o continente. Apesar da convocação de uma greve geral pelo Comitê Nacional de Greve que iniciou as mobilizações, fica claro a importância da juventude no impulsionamento deste movimento, a mobilização ganhou tanta força que, mesmo com um recuo do governo que cedeu em relação a reforma tributária, o CNG não chamou pelo fim da greve.
A repressão fascista ao movimento também foi imensa, a polícia assassinou ao menos 37 pessoas somente nos protestos o que acabou impulsionando ainda mais a mobilização, alguns dos mortos eram jovens que participavam das manifestações; mesmo assim a juventude não perdeu o medo e seguem nas ruas. Suas palavras de ordem também incluem as pautas tradicionais dos estudantes como a gratuidade das universidades, alunos como os da Universidade Sergio Arboleda, uma instituição privada de ensino, aderiram aos atos, o que é mais uma demonstração da grande participação da juventude nos protestos.
O que acontece não Colômbia não difere muito em essência do que acontece no Brasil, durante o ato do 1º de maio, manifestação popular mais importante desde o início da pandemia, a juventude teve uma presença importantíssima não só da participação do ato como de sua organização. As atividades cruciais para garantir o acontecimento do ato como a organização de caravanas de diversos estados se dirigindo para São Paulo, assim como convocações para o ato, colagem de cartazes e panfletagens todas tiveram uma importantíssima participação dos jovens, em especial da Aliança da Juventude Revolucionária.
Não é algo que surpreenda, em toda a história da luta dos explorados a juventude sempre esteve na linha de frente, seja nas manifestações da Colômbia, seja no 1º de maio no Brasil, seja nas escolas ou nas universidades e dentro do próprio movimento operário. Os jovens saem a frente se colocando como vanguarda, é preciso seguir seu exemplo.
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