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Alagoas Território Livre

A esquerda precisa ir às ruas, de vermelho!

É preciso derrotar a tentativa da burguesia de acabar com o movimento pelo Fora Bolsonaro


No DCO:

Em 2015 e em 2016, aconteceram, no Brasil, uma série de manifestações extremamente bizarras que pediam a derrubada da presidenta Dilma Rousseff. Os atos, falsificados de todas as maneiras possíveis, não foram o motivo pelo qual a presidenta foi derrubada; contudo, desempenharam um papel decisivo para que a burguesia desse uma aparência de legitimidade ao golpe de 2016. Um dos aspectos que mais chamaram a atenção desses atos — que viriam a ser apelidados de “coxinhatos” — era que a cor amarela era, de longe, a mais presente nas manifestações. Seja pelo “pato da FIESP”, sejam pelas camisas da seleção brasileira, o amarelo se impunha.


O amarelo dizia bastante a respeito dos atos. Afinal, amarelo nunca foi a cor do povo, nunca foi cor de nenhuma organização importante dos trabalhadores. Muito pelo contrário, essa é a cor que partidos da direita, como o PSDB, usam abusivamente. Os parlamentares golpistas, que se encarregaram de derrubar Dilma Rousseff no Congresso Nacional, apareciam constantemente abraçados às bandeiras verde e amarelas. Dizendo-se patriotas, acabaram com o País, que hoje tem até a sua água privatizada.


Esses “coxinhatos”, que ficaram marcados como manifestações financiadas pelos patrões, impulsionadas pela imprensa golpista e frequentados apenas pelos elementos mais fascistas da pequena burguesia, são um símbolo dos inimigos dos trabalhadores. Na medida em que começaram a se mobilizar contra o golpe de Estado, os trabalhadores passaram a desenvolver um verdadeiro ódio a esse tipo de manifestação.


Cerca de cinco anos depois dos “coxinhatos”, a burguesia tenta pôr em prática, novamente, a sua operação. No entanto, como as manifestações da extrema-direita já ficaram bastante reconhecidas como tais, a direita está tentando infiltrar suas cores, suas pautas e suas bandeiras nas manifestações da esquerda. Hoje, não são os bolsonaristas de verde e amarelo que estão sendo impulsionados pela imprensa burguesa — embora a qualquer momento, quando os capitalistas acharem que devam, isso possa mudar. A direita está fazendo uma campanha explícita, como visto na Folha de S.Paulo e nas declarações de Felipe Neto, para que a esquerda, que está saindo às ruas pelo Fora Bolsonaro, substitua o vermelho pelo amarelo em suas bandeiras.


O objetivo é bastante óbvio: acabar com o caráter combativo que se viu nas manifestações, sobretudo nas que as torcidas organizadas estiveram presentes. O que a burguesia quer é expulsar os partidos e organizações de luta dos trabalhadores para infiltrar os elementos mais oportunistas e direitistas possíveis. É preciso, portanto, frear essa operação. É preciso que a CUT, a ala esquerda do PT e todas as organizações do povo convoquem sua militância para participar massivamente dos atos de rua pelo Fora Bolsonaro. E que levem, é claro, as suas bandeiras vermelhas.


É preciso mobilizar contra a tentativa de divisão e esvaziamento dos atos, convocar os trabalhadores e a juventude para que ele se tornem verdadeiros atos de massa.

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