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Foi Bolsonaro quem armou esse menino


Esta manhã, antes de sair de casa, em Suzano, o jovem Guilherme Taucci Monteiro, 17 anos, postou três fotos em sua página do facebook.

Na primeira, enorme, no canto direito, ele aparece em plano americano. Está de camiseta preta com a inscrição NYC no peito e usa máscara de Esqueleto cuja boca mostra um sorriso sinistro. O polegar da mão esquerda encostado no gatilho de um 38.

Nas outras duas aponta o três-oitão para a câmera; parece ensaiar, diante de um espelho, as poses de um atirador.

Depois de postar, encontrou-se com o colega Luiz Henrique de Castro, 25 anos. Dirigiram-se a uma locadora de automóveis, onde apanharam um carro Onix depois de matarem o dono, tio de Luiz Henrique.

E então seguiram rumo à Escola Estadual Raul Brasil, da qual eram ex-alunos. Guilherme pediu para falar com a secretária e tão logo se viu frente a frente com ela a alvejou, também atirou em outra funcionária e depois chegou ao pátio onde começou a disparar a esmo nos alunos que lanchavam e brincavam.

As crianças corriam em pânico, gritando e chorando, enquanto eram abatidas sem piedade.

A carnificina só parou quando a polícia chegou, oito minutos depois. Nenhuma escola estadual paulista tem segurança própria. Na versão da polícia, a dupla se suicidou. Há controvérsias.

Já há dez mortes contabilizadas – inclusive as dos atiradores – e ainda há muitos feridos graves.

É claro que o ambiente favorável à liberação e uso de armas deflagrado na campanha presidencial e que segue no mandato de Jair Bolsonaro a todo vapor é o pano de fundo de mais essa tragédia brasileira.

Foi Bolsonaro quem armou esse menino.

(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)

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